Dryas recente: a hipótese de que um meteoro mudou o clima da terra

Dryas recente: a hipótese de que um meteoro mudou o clima da terra

“É tipicamente destrutivo imaginar o que acontece quando rochas de um quilômetro atingem a Terra – é um evento de extinção como o que matou os dinossauros. Porém, se o impacto é inicialmente destrutivo, também fornece os elementos para a vida, criando novos habitats para esta”, disse Osinski em um comunicado à imprensa.

Esse acontecimento mostra como a queda de meteoros massivos ao longo dos séculos pode ter alterado o comportamento da civilização humana. Por isso que a Hipótese de impacto no Dryas recente sugere que uma colisão cósmica causou mudanças climáticas na Terra há 12 mil anos.

Como aconteceu(Fonte: GettyImages/Reprodução)(Fonte: GettyImages/Reprodução)

O Dryas recente foi um breve período de clima frio que ocorreu no Hemisfério Norte, no final do Plistoceno, há cerca de 12.700 a 11.500 anos, antecedendo o período pré-boreal do Holoceno inicial, em que as temperaturas eram 15 °C mais frias do que a atual. A hipótese de que houve um impacto de um objeto rochoso que mudou as condições daquele período surgiu devido a um regresso rápido nas condições glaciais nas altitudes mais elevadas do hemisfério norte naquele período, contrastando com o aquecimento ocorrido durante a desglaciação interestadial que o precedeu.

Um estudo de 2007 sugeriu um ou mais objetos grandes e de baixa densidade explodiram sobre o norte da América do Norte, desestabilizando parcialmente o manto de gelo de Laurentide e desencadeando o resfriamento do Dryas recente. A onda de choque, o pulso térmico e os efeitos ambientais relacionados aos eventos, como a queima extensiva de biomassa, contribuíram para extinções da megafauna do final do Pleistoceno e mudanças adaptativas entre os paleoamericanos na América do Norte.

(Fonte: GettyImages/Reprodução)

Ou seja, é possível que, devido a isso, os humanos pré-históricos podem ter testemunhado um impacto cósmico catastrófico que causou incêndios florestais generalizados, resfriamento global e a extinção de grandes animais, alguns dos quais podem ter predado humanos. Apesar de ainda não estar claro se o impacto ocorreu, é percebido que, nos séculos após o cometa atingir o planeta, as culturas humanas fizeram amplas transições das sociedades de caçadores-coletores para civilizações baseadas na agricultura.

Cientistas cruzaram essa possibilidade com o que aconteceu há cerca de 12.800 anos com o povo do assentamento de Abu Hureyra, localizado na atual Síria, que alterou radicalmente seus métodos de sobrevivência. Provavelmente, devido a um evento em grande escala, visto que há indícios de que a região se transformou de uma paisagem úmida e florestada com abundância de alimentos para um clima mais frio e árido. Com isso, eles passaram a depender mais de grãos cultivados domesticamente em vez de leguminosas selvagens, frutas e bagas.

A explicação(Fonte: GettyImages/Reprodução)(Fonte: GettyImages/Reprodução)

Se provada, a colisão cósmica também resolveria a breve era glacial que a Terra experimentou há cerca de 12.900 anos. Um "inverno de impacto", como chamam os cientistas, é causado devido a um resfriamento global que segue à queda de um meteoro. Os incêndios florestais resultantes de sua colisão teriam ejetado material suficiente para a atmosfera para bloquear significativamente a radiação do sol, trazendo um período de frio intenso.

Quando questionados sobre o cometa não ter deixado nenhuma cratera, os defensores da hipótese do impacto argumentam que grande parte do objeto rochoso provavelmente se fragmentou no alto da atmosfera e pode ter atingido uma grande camada de gelo na superfície da Terra.

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ADAILTON SANTANA acompanha o mundo do rádio e TV desde 2003. Radialista profissional, com o Registro RPR número 8204/BA e jornalista com (DRT 06862/BA), há 20 anos exerce a profissão e escreve para sites. Está no PORTAL UAUÁ como Diretor Administrativo, e, agora, apresentador. Pode ser encontrado nas redes sociais no @adailtonsantanaradialista